São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 2011
Complexo Hospitalar Paulista, no bairro da Consolação, deve cerca de R$ 2 milhões em aluguéis, diz advogado Instituição estava com mais de 50 pacientes, 4 na UTI; alguns foram levados para o hospital Presidente, no Tucuruvi EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO GIO MENDES DO "AGORA" Eram mais de 22h. Na calçada do Complexo Hospitalar Paulista, em vez da tranquilidade esperada para um hospital, ambulâncias com portas abertas esperando por doentes que ainda iriam ser removidos do prédio. Motivo: cumprir uma ordem de despejo, dada pela Justiça. Familiares assustados e funcionários surpresos com o seu último dia de trabalho no prédio também estavam pelo local. "A gente se sente inútil. Nunca pensei que fosse ver uma coisas dessas", afirma Idalina Andreazzi, antes de entrar na ambulância para acompanhar seu pai. Ele estava havia 15 dias no hospital, depois de sofrer uma convulsão. "Vou ficar tranquila apenas quando chegar ao outro hospital [Presidente, no Tucurvi, dos mesmos donos] e ver que ele vai ficar bem", disse. Carrinhos com sacos de lixo recheados de documentos também saíam a todo o tempo da garagem do prédio, localizado na rua Antonio Carlos, no bairro da Consolação (região central). Os responsáveis pelo hospital particular estão devendo cerca de R$ 2 milhões em aluguéis, desde outubro, de acordo com André Bruni, advogado de um dos proprietários do prédio onde funcionava o centro hospitalar. Segundo Bruni, foram os proprietários do prédio que pagaram as ambulâncias para a remoção dos pacientes. Alguns, saíram com veículos de seus planos de saúde. Representantes do hospital foram procurados pela reportagem, mas não quiseram falar sobre o despejo. |